Nos dias de hoje, vivemos em meio a correria de nossas vidas, em busca de realizações, muitas vezes materiais, muitas vezes sentimentais, mas nos esquecemos geralmente da mais importante das conquistas que é a espiritual, pois em verdade, somos espíritos eternos que daqui desta terra levarão apenas os ensinamentos que conseguiram adquirir, e as sementes do bem que deixaram plantadas para germinarem nas mãos daqueles que os sucederão, ate seu retorno a este ou outro plano carnal.
Temos muitas vezes a oportunidade de descobrir o que ocorre em nossas vidas, onde jaz um sentido oculto sobre as dificuldades, os problemas as vezes sem solução, e muitas vezes apenas olhamos pros céus esperando que Deus olhe por nós e nos traga a resposta, ou a cura que tanto esperamos. mas Jesus deixou-nos claro, que cada um é senhor de sua consciência, é responsável por aquilo que cativará, e nos dias de hoje, sem buscar uma real instrução, o que somos nós? apenas barcos a deriva neste mundo de provas cada vez mais difíceis, e sozinhos nunca conseguiremos ancorar nossas vidas em um porto seguro.
Tenho ouvido muita incredulidade mediante aos ensinos espíritas, pois o mesmo tem se perdido em meio ao tempo, associado a tantas outras medidas espiritualistas, e assim perdido seu real foco, que jaz fora da curiosidade, fora da alegação de poderes, ou de domínio do circulo de vida que nos cerca, o espiritismo é a chave da revelação final que traz a cada um de nós a certeza do por que estamos aqui, responde as perguntas mais aclamadas e nos mostra em pratica o que é a real caridade esperada pelo nosso mestre, pois caridade é mais que a esmola ao faminto, é mais que o agasalho ao desabrigado, caridade esta na semeadura de sua inteligência, a caridade reside em esclarecer ao sofredor que ele achara a saída de seus problemas quando verificar sua causa, pois é dito que não há efeito sem causa, e todos nós somos simples vitimas de nossas próprias ignorâncias do passado. e com estudo serio e doutrinado, encontramos um meio de reparar as graves faltas, nos apaziguar mediante ao que parecem injustiças, e trazer a todos aqueles que necessitam um conforto na palavra amiga sincera e bem esclarecida.
Por isso temos aqui o inicio de um estudo coletivo, para trazer de volta a aqueles que perderam-se no turbilhão das emoções terrenas, um guia para todos nós nos encontrarmos mediante a grande espiritualidade superior, e instruirmos segundo o Espírito de verdade nos deixou confiado. Aqui juntos traremos a tona o estudo da doutrina espírita, buscando conhecer a fundo as principais obras, e fazer delas nosso guia maior, aprendendo, e sempre lembrando em nos mudar e utilizar cada ensinamento, cada exemplo de vida, sofrimento e vitoria, para nos melhorarmos, e encontrar a paz necessária para enfrentar as provas e tribulações, pois quando estiverem 2 ou mais reunidos em seu nome, lá estará o mestre junto a todos.
Amigos espíritas, instrução é o marco da mudança, sozinha é uma folha inútil, mas corroborada com a fé, a caridade, a humildade e a vontade maior de crescer, torna-se a maior conquista que qualquer um de nós encarnados levará desta Terra.
Que Jesus guie nossas metas e que juntos possamos crescer e trabalhar na seara do bem.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Oposição da Ciência Parte 4

1- O que mostra que o espiritismo é mais antigo do que sua divulgação por Kardec? Exemplifique.

Tanto a história sagrada quanto a profana provam a antiguidade e a universalidade dessa crença, que se perpetuou através de todas as vicissitudes por que tem passado o mundo, e se mostra, entre os mais selvagens povos, no estado de ideias inatas e intuitivas, e tão gravadas no pensamento como a do Ente supremo e a da existência futura.
O Espiritismo, pois, não é uma criação moderna; tudo prova que os antigos o conheciam tão bem, ou talvez melhor que nós; somente ele não era ensinado, senão com precauções misteriosas que o tornavam inacessível ao vulgo, abandonado de propósito no lamaçal da superstição.
Observe que desde as mais remotas civilizações, podemos ter ideias de que mesmo aqueles homens em estado ainda mais primitivo, tinham noção de um Deus Maior que a tudo regia, os Egípcios com seus Deuses e um Deus maior Ra, os Gregos com os Deuses do Olimpo, seguido dos romanos, ate a vinda de Jesus, quantos povos não passavam suas crenças na continuação da vida após o desencarne e que todos éramos regidos por um ser maior de suprema energia.


2- Qual as naturezas dos fatos das manifestações espirituais? exemplifique-os

Eles são de duas naturezas: uns espontâneos e outros provocados. Entre os primeiros estão as visões e as aparições, tão frequentes; os ruídos, barulhos e movimentações de objetos, sem causa material, e grande número de efeitos insólitos que olhávamos como sobrenaturais e hoje nos parecem simples, porque não admitimos o sobrenatural, visto como tudo se submete às leis imutáveis da natureza. Os fatos provocados são os obtidos por intermédio de médiuns.

Temos assim, as Psicografias, aonde os médiuns recebem mecânica ou intuitivamente as mensagens do plano espiritual. 
Temos a Psicofonia, aonde os espíritos se utilizam da fala dos médiuns para passar suas mensagens, Temos as incorporações, aonde o espírito consegue passar ate mais detalhadamente suas impressões no plano espiritual.
Temos a Vidência, aonde um médium consegue enxergar os espíritos que estão em uma forma mais materializada e se mostram ao médium para passar alguma mensagem. e muitas outras formas que nossos irmãos espirituais usam em todos os tipos de comunicações.

Oposição da Ciência Parte 3

1- O que fez Kardec deixar de ser um incrédulo nas manifestações? 

Kardec, antes um incrédulo, resolveu estudar a fundo tudo do que se tratava as manifestações espirituais, ele tinha em mente que tudo que a Razão não repelisse, deveria ser estudado e aprofundado pra saber de fato quais as verdades por trás de tal assunto, assim, Kardec começou a frequentar as reuniões espíritas, a recolher as mensagens e anotar as manifestações, viu como as manifestações se davam iguais em varias partes do mundo e por pessoas que não possuíam nenhum conhecimento uma da outra.
Quando percebeu que por trás de todas as manifestações havia mesmo um principio inteligente, foi que colocou em pratica os estudos mais avançados, e assim, foi se convencendo e aprendendo com cada nova manifestação se tornando o principal divulgador, codificador e defensor da Doutrina.


2- Qual analogia Kardec usa para exemplificar a verdade do espiritismo ante a ciência?

“Dizem que seres invisíveis se comunicam; por que negá-lo?

“Antes de inventar-se o microscópio, suspeitava alguém que existissem esses milhares de animálculos que causam tantos estragos à economia?"

“Onde a impossibilidade material de haver no espaço seres que escapem aos nossos sentidos?"

“Teremos, acaso, a ridícula pretensão de saber tudo, e de dizer que Deus nada mais nos pode revelar"?

“Se esses seres invisíveis, que nos rodeiam, são inteligentes, por que não poderão comunicar-se conosco? Se estão em relação com os homens, devem desempenhar um papel no seu destino, nos acontecimentos da vida destes. Quem sabe se eles não constituem uma das potências da natureza, uma dessas forças ocultas de que nem suspeitávamos"?

“Que novo horizonte vai abrir-se ao pensamento! Que campo tão vasto de observação"!

“São ideias tão estranhas”, dizem, “que não se lhes deve dar crédito, mas a isso se pode responder que data de meio século a possibilidade de, em alguns minutos, estabelecer-se correspondência entre dois pontos opostos do nosso planeta; em algumas horas, atravessar-se a França; com o vapor produzido por um pouco de água fervente, um navio avançar contra o vento; e tirarmos da água os meios de iluminar-nos e aquecer-nos.

“Quem, há meio século, se tivesse proposto iluminar toda a cidade de Paris em um instante e com um só reservatório de uma substância invisível, apenas conseguiria fazer rir de si.

“Será isso, porventura, coisa mais prodigiosa que o espaço ser povoado pelos seres pensantes que, depois de haverem vivido na Terra, nela deixaram seu invólucro material"?

“Não se achará neste fato a explicação de tantas crenças que existem desde os mais remotos tempos"?

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Oposição da Ciência - Parte 2

1- Por que a ciência errou ao tentar experimentar o espiritismo?

A ciência tentou ver a questão dos espíritos como se fosse mera coisa terrena, assim como eles manipulam a matéria acharam que conseguiriam assim manipular os espíritos, porém, se depararam de frente a algo fora de seus entendimentos e capacidades, pois um espírito não é uma simples célula animal que pode ser manipulada e modificada, é um ser a parte dotado de inteligência e livre arbítrio o que lhe confere todas as capacidades necessárias para sua existência e para cumprir sua vontade, por isso a ciência acabou por decretar que se não poderia manipular os espíritos, os mesmos não poderiam ser algo real, julgando se tratar de mera brincadeira feita por grupos. mas os próprios espíritos foram quebrando essas ideias dos "sábios", ao irem se manifestando de formas inteligentes em todas as partes do mundo trazendo respostas iguais por pessoas que se encontravam em pontos diferentes do planeta.

2- Por que se diz que o espiritismo é uma questão de crença pessoal?

Pois podemos perceber que a crença nos espíritos não pode ser forçada a ninguém, é uma questão da própria virtude e mente de cada um, e também se o mesmo se encontra pronto a pensar e desvendar aquilo que esta bem diante de seus olhos, nem mesmo se fosse revelado a plena praça publica, o espiritismo ainda assim não forçaria a crença de ninguém, pois tem em sua base a analise e o tempo de cada um, quantos "sábios" tinham evidencias em suas mãos e mesmo assim duvidavam das mais simples evidencias que lhes apresentavam, tão somente enxergavam que estavam errados quando sua mente e sua vontade decidiam por aceitar enxergar os assuntos por outro angulo. e o espiritismo por ser uma ideia filosófica, tem primeiro em sua base a necessidade de que a pessoa procure conhecer de fato, coisa que dificilmente acontece, vendo que muitos que o atacam, nada sabem de certo sobre o alvo de suas queixas, mas quando abrem suas mentes e adquirem algum conhecimento sobre a doutrina, dificilmente não ficam intrigados por conhecer um pouco mais sobre o espiritismo.

3- Como Kardec vê o futuro da doutrina espírita diante da ciência?

Kardec deixa claro que vê o espiritismo como uma mudança certa no seio da humanidade, fazendo com que a ciência mesmo duvidosa, acabe percebendo as verdades por trás de todos os fenômenos que hoje ela simplesmente repele, então no futuro, o espiritismo será uma verdade assim como é a rotação da Terra em torno do sol, a força da gravidade, e muitas outras verdades antes tratadas ate como ilusões pelos mesmos "sábios" da época e ate mesmo dos dias de hoje.

"Tempos em que a união de pensamentos, em torno da solidariedade e da fraternidade universais podem promover uma evolução moral dos indivíduos, eis o momento mágico dos espíritos em que a verdade bate em todas as portas, não como uma instituição, não como um dogma, muito menos uma religião tradicional, sendo assim o espiritismo seria uma codificação infinita e eterna."             (Kardec, O que é o espiritismo)

Oposição da Ciência - Parte 1

1- Qual era a visão da ciência no inicio da doutrina espírita?

A ciência moderna que nasceu no século XVII, tinha um grande preconceito sobre os fenômenos espíritas, divulgavam como sendo apenas obras de farsantes que tentavam entreter ou apenas extorquir a crédulos. Muitos cientistas porem, que tentaram estudar a fundo a doutrina deixando preconceitos e testando e observando minuciosamente, acabaram até por acreditar e seguir a doutrina, assim como o Naturalista Alfred Russel Wallace.
Os chamados sábios, simplesmente rejeitavam e a cada momento vinham com teorias novas que teriam a capacidade de desmentir por completo todos os fenômenos espíritas, mas no entanto nenhum deles realmente conseguiu dar este golpe mortal na doutrina que sempre possuía as explicações necessárias para por em terra mais uma tentativa de atingi-la.
Tentavam influenciar outras pessoas que no fim também acabavam tendo mais interesse ainda na doutrina, e quando a estudavam, percebiam que havia um que de mistério que a ciência e seus sábios nunca conseguiam explicar, afinal a ciência não tinha resposta para um fenômeno que se difundia em todo o mundo ao mesmo tempo e que trazia exatamente as mesmas metas e ensinamentos em países diferentes por pessoas diferente que nem ao menos sabiam da existência uma das outras. Sendo assim, os sábios e a ciência que de todas as formas tentavam atrapalhar a marcha crescente do espiritismo, foram um dos importantes divulgadores da obra, trazendo as duvidas a muitos, que buscavam exatamente a doutrina e por ela se encantavam.

2- Por que não podemos dar como certo a visão da ciência em um todo na questão do espiritismo?
Vejamos num seguinte ponto, nada nesta Terra é exato de uma forma que não possa sofrer alterações, cada dia alguma nova força é descoberta, um calculo revisto, algo que ontem era impossível, hoje se torna natural. e afinal de contas o que é impossível? não quebrou o homem a barreira da gravidade, fazendo com que hoje um avião do tamanho de um prédio faça o homem voar? não conseguiu o homem criar maquinas que o leva a explorar os mistérios do fundo dos oceanos e do universo?
A ciência é um ponto de partida, ela nos da a chave do inicio de nossos estudos, que não devem ficar retidos em alguns cálculos achando que com isso tudo já esta resolvido e não mais mudará.
Por isso não podemos defender a fogo as explicações da ciência quando negam por completo as manifestações espirituais, afinal essa mesma ciência já se enganou muitas vezes no passado, simplesmente rejeitando hoje algo que amanha se mostra como uma grande verdade e mudança. Kardec diz: - Se nunca a Ciência se houvesse enganado, sua opinião nesse sentido teria grande peso na balança; infelizmente, a experiência prova o contrário.
Não repeliu ela como quimeras tantas descobertas que, mais tarde, se tornaram título de glória para os seus autores?
Não foi devido a um parecer do nosso primeiro corpo sábio que a França se absteve da iniciativa do vapor?
Quando Fulton veio ao campo de Bolonha apresentar o seu plano a Napoleão I, que confiou o exame imediato ao Instituto, não decidiu este que aquilo era uma utopia, com o que se não devia ocupar?
Devemos daí concluir que os membros do Instituto são ignorantes e que sejam justificados os epítetos triviais que, à força de mau gosto, certas pessoas se comprazem em prodigalizar-lhes?
Certo que não; não há pessoa sensata que não faça justiça ao seu saber eminente, sem, contudo, deixar de reconhecer que eles não são infalíveis e, portanto, que as suas sentenças não estão isentas de apelação, sobretudo no que se refere a ideias novas.

O Maravilhoso e o Sobrenatural

1- Por que o espiritismo não admite os milagres?

12. Os fenômenos espíritas são espontâneos, na maior parte dos casos, e produzem-se nem nenhuma idéia preconcebida, com pessoas que menos os esperam; em certas circunstâncias, há fenômenos que podem ser provocados por agentes designados sob o nome de médiuns; no primeiro caso, o médium é inconsciente do que se produz por seu intermédio; no segundo, age com conhecimento de causa: daí a distinção dos médiuns conscientes e médiuns inconscientes. Estes últimos são os mais numerosos e são encontrados frequentemente entre os mais obstinados incrédulos, que assim tomam parte no Espiritismo sem o saber e sem o querer. Os fenômenos espontâneos, por isso mesmo, têm uma importância capital, pois não se pode duvidar da boa fé das pessoas que os obtêm. Dá-se aqui o que se dá com o sonambulismo que, com certos indivíduos, é natural e involuntário, e com outros, provocado pela ação magnética.
Porém, quer estes fenômenos sejam ou não o resultado de um ato da vontade, a causa primária é sempre a mesma e em nada se afasta das leis naturais. Os médiuns não produzem absolutamente nada de sobrenatural; por conseguinte, não fazem nenhum milagre; as próprias curas imediatas não são mais miraculosas do que os outros efeitos, pois elas são devidas à ação de um agente fluídico que faz o papel de agente terapêutico, cujas propriedades não são menos naturais por terem sido desconhecidas até agora. O epíteto de taumaturgos, dado a certos médiuns pela crítica ignorante dos princípios do Espiritismo é, pois, inteiramente impróprio. A qualificação de milagres, dada, por comparação, a estas espécies de fenômenos, somente pode induzir em erro sobre o verdadeiro caráter deles.

13. A intervenção de inteligências ocultas nos fenômenos espíritas não os torna mais miraculosos que todos os demais fenômenos devidos a agentes invisíveis, pois esses seres ocultos que povoam os espaços são uma das potências da natureza, potência cuja ação é incessante sobre o mundo material como sobre o mundo moral.
O Espiritismo, esclarecendo-nos acerca desse poder, nos dá a chave de uma multidão de coisas inexplicadas, e inexplicáveis por quaisquer outros meios e que, em tempos recuados, puderam passar por prodígios; de modo semelhante ao magnetismo, ele revela uma lei, senão desconhecida, pelo menos mal compreendida; ou, dizendo melhor, conhecem-se os efeitos, pois são produzidos em todos os tempos, mas não se conhecia a lei; e a ignorância dessa lei é que engendrou a superstição. Conhecida essa lei, o maravilhoso desaparece e os fenômenos voltam à ordem das coisas naturais. Eis porque os Espíritos tanto fazem um milagre quando fazem girar uma mesa ou fazem os mortos escreverem, quanto o médico faz que um moribundo reviva, ou o físico quando faz cair um raio. Aquele que pretendesse, com o auxílio dessa ciência, fazer milagres, ou seria um ignorante do assunto, ou um charlatão.

14. Pois que o Espiritismo repudia toda pretensão às coisas milagrosas, haveria fora ele milagres na acepção usual da palavra?

Digamos para começar que entre os fatos considerados como milagrosos, os quais sucederam antes do advento do Espiritismo, e que ainda se passam em nossos dias, a maior parte, senão todos, encontram explicação nas leis novas que ele veio revelar; tais fatos, pois, retornam à ordem dos fenômenos espíritas, embora sob outro nome, e como tais, nada têm de sobrenatural. Fique, porém, bem entendido que aqui não se trata senão de fatos autênticos, e não de casos que, sob o nome de milagres, são o produto de uma indigna sutileza, executada com o objetivo de explorar a credulidade; tampouco nos referimos a certos fatos legendários que, em sua origem, podem ter tido um fundo de verdade, mas que a superstição ampliou até o absurdo. É sobre tais fatos que o Espiritismo vem lançar a luz, proporcionando os meios de fazer distinção entre o erro e a verdade.
(A Gênese, Cap. 13, tópicos 12, 13, 14...)

2- Por que o espiritismo pode ser visto como uma doutrina filosófica?
"O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas consequências morais que decorrem dessas relações" (Kardec)
O Espiritismo é uma doutrina essencialmente filosófica. Analisando a natureza humana, algumas questões vêm atravessando séculos e civilizações :
existe Deus ?
de onde viemos ?
para onde vamos ?
por que estamos na Terra ?
por que e para que tanta luta ?
existe vida após a morte ?
se existe, o homem é feliz ou infeliz após a morte ?

O aspecto filosófico do Espiritismo ocupa-se com a finalidade da vida e com a destinação da alma. Mostra-nos através de um raciocínio lógico que fomos todos criados simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento e sem moral desenvolvida, e que através de vidas sucessivas caminhamos para a nossa destinação que é a felicidade.
"O objetivo da evolução, a razão de ser da vida, não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente creem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, e esse aperfeiçoamento devemos realizá-lo por meio de trabalho, do esforço, de todas as alternativas da alegria e da dor, até que nós tenhamos desenvolvido completamente e elevado ao estado celeste"

3- Como é a relação do espiritismo e das superstições, e explique como o espiritismo veio a esclarecer a maioria delas ?

As superstições muitas vezes foram fundadas em fenômenos mediúnicos não explicados, e quando não se sabe o que realmente ocasionou um efeito, ou seja quando não se conhece sua causa, a imaginação, inocência ou ate mesmo má fé de muitos, transforma essas manifestações em meio de domínio, ou de brincadeira, vindo da parte de espíritos zombeteiros, que ganham com isso energias, ou ate mesmo servos, pois se utilizam destes meios para que em suas superstições as pessoas menos esclarecidas venham a aceitar, muitas formulas mágicas e ate mesmo pedidos destes espíritos para lhes conseguir sanar seus desejos ainda materiais. Mas o espiritismo como ciência sabia e lógica, usa do raciocínio e estudo serio para que demonstre a todos que tudo tem uma explicação, que não devemos acreditar em algo sem antes termos total conhecimento sobre o que rege esta ou aquela manifestação.
Pois a priori de tudo o espiritismo deixa claro, neste mundo e em todos os outros, não há efeito sem causa, ou seja, mesmo que hoje possamos não saber o que realiza tal manifestação, amanha teremos a resposta e veremos que os monstros antes aterrorizantes, não passavam de pura balela vindo de entidades menos iluminadas.

"Em parte, o preconceito e o mau juízo que se tem dos fenômenos mediúnicos repousam na ignorância das leis que regem o mundo espiritual. Por outro lado, há pessoas que, por desconhecerem essas leis, adotam um comportamento supersticioso ante as coisas espirituais. De acordo com os dicionaristas, a superstição é o “sentimento religioso que se funda no temor ou na ignorância e que leva ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes”.

Geralmente, teme-se o desconhecido. Quando, porém, se estuda o Espiritismo, com seriedade, deixa-se de agir supersticiosamente, pois tais fenômenos estão na ordem dos fatos naturais. Não raro, médiuns, mesmo quando agem de boa-fé, algumas vezes produzindo curas, são chamados de “feiticeiros” pelos que desconhecem tais faculdades, atribuindo-as a um poder sobre-humano que absolutamente não existe Muitas vezes, a pessoa é, antes de tudo, vítima de si mesma, pois “Deus não escuta uma maldição injusta, e aquele que a pronuncia é culpado aos seus olhos”. O Espírito André Luiz traz um exemplo interessante, que ilustra esta assertiva: Nesse momento, renteou conosco uma entidade em deplorável aspecto. Era um homem esguio e triste, exibindo o braço direito paralítico e ressecado. [...] Acerquei-me do amigo sofredor. Toquei-lhe a fronte, de leve, e registrei-lhe a angústia. Nas recordações que se lhe haviam cristalizado no mundo mental, senti-lhe o drama interior. Fora musculoso estivador no cais, alcoólatra inveterado que,certa feita, de volta a casa, esbofeteou a face paterna, porque o velho genitor lhe exprobrara o procedimento. Incapaz de revidar, o ancião, cuspinhando sangue, praguejou, desapiedado: – Infame! o teu braço cruel será transformado em galho seco... Maldito sejas! Ouvindo tais palavras que se fizeram seguidas por terrível jacto de força hipnotizante, o mísero tornou à via pública, sugestionado pela maldição recebida, bebericando para esquecer. Cambaleante, foi vitimado num desastre de bonde, no qual veio a perder o braço. Sobreviveu por alguns anos, coagulando, contudo, no próprio pensamento a ideia de que a expressão paternal tivera a força de uma ordem vingativa a se lhe implantar no fundo d'alma e, por isso, ao desencarnar, recuperara o membro dantes mutilado a pender-lhe, ressecado e inerte, no corpo perispirítico.

Finalizando, a superstição não consiste na crença em um fato, quando comprovado, mas na causa ilógica a ele atribuída. Quanto mais aprofundamos nos estudos espíritas, mais vamos descobrindo a razão e o porquê dos fenômenos espirituais que ocorrem, todos subordinados a leis naturais, os quais, mal compreendidos pela ignorância humana, são igualmente mal interpretados e mal explicados pelo vulgo: O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma porção de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu uma infinidade de fábulas, em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma só, é o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque, ao mostrar a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de uma crença ridícula."
(Fonte: http://centroeleocadiocorreia.com.br/portal/biblioteca-virtual/artigos-revista-reformador/299-superticoes-feiticos)

4- Explique a visão cientifica do espiritismo.

Se os fenômenos espíritas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores consequências de interesse geral. Mas a verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, em uma sucessão sempre audaz e desafiadora. O expediente de proibições e excomunhões se tornava ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados, como vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela etc., atestando a inquestionável sobrevivência da alma.
Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas. Estes então, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria. A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor e o fez de tal forma que o Espiritismo foi, por assim dizer, devidamente fotografado, pesado e medido.

A PALAVRA DOS CIENTISTAS

Coube a Willian Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda a Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam que, de suas investigações, viesse uma condenação irrevogável e humilhante, mas o veredicto do eminente sábio foi favorável. A cética Inglaterra se assustou com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de extrema prudência, afinal, era preciso aceitá-las, uma vez que Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e se rendeu.

Russel Wallace, físico naturalista considerado rival de Charles Darwin, confessou que "era um materialista tão convicto que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual". Disse ainda: "Os fatos, porém, são coisas pertinazes, eles me obrigam a aceitá-los como fatos".

Cromwel Varley, engenheiro descobridor do condensador elétrico, disse: "O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não têm o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram".

Para Oliver Lodge, físico e membro da Academia Real, os cientistas não vieram "anunciar uma verdade extraordinária, nenhum novo meio de comunicação, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas". Lodge explica ainda o porquê de afirmar que as provas foram cuidadosamente colhidas, dizendo que "todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postas em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".

O professor de física William Barrett afirmou que a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência após a morte e a comunicação dos que morreram são evidentes. "Dos que ridicularizavam o Espiritismo, ninguém lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo prudente e imparcial tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós têm consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião", disse.

Fredrich Myers, da Sociedade Real de Londres, disse: "Pelas minhas experiências, convenci-me de que os pretendidos mortos podem se comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".

Já o italiano Ernesto Bonano, que se dedicou por mais de 30 anos aos estudos psíquicos, afirmou, sem temer estar equivocado, "que fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor".
(Fonte: "http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2661&catid=81")

A Impotência dos Detratores

1 - Por que até hoje os detratores não conseguiram atingir a doutrina espírita ?

Pois por mais que tentem atingir de formas diferentes, suas demonstrações e planos nunca são convincentes ou mesmo desatam toda a verdade que dizem possuir, fazendo com que ao invés de derrubar alguma ideia sobre a doutrina, acaba por fazê-la ainda mais intrigante, arrastando ainda mais pessoas para desvendar os fatos expostos. O maior problema é que os detratores nunca procuram a verdade onde realmente está, fixam suas ideias em suas próprias convicções e tentam atribuir as causas dos fenômenos espíritas a todo tipo de figurações ou superstições, e também erram ao achar que o espiritismo esta em sua base as ideias de um só homem, achando que desmentindo ao homem, conseguiriam derrubar toda a ideia.

2- Qual a base a doutrina espírita possui para não ser atingida? Exemplifique.

A doutrina Possui em sua base, que todas as ideias e conceitos, são universais, estão dispostas em todas as partes da Terra, pois não há lugar aonde os espíritos não possam se manifestar, sendo assim difundida a doutrina entre os mais ricos palácios de países nobres, aos mais pobres casebres de países pobres.
Ou seja a Doutrina espírita esta na natureza em si, é possível uma pessoa receber diretamente comunicações dos espíritos em um local e em outro completamente diferente confirmar as manifestações, assim sendo como pode um individuo que por ele próprio buscou as respostas e recebeu ele mesmo todos os resultados sem interrupção de outros e nem ideias pré moldadas a ele.

Fazendo abstração das qualidades da Doutrina, que agrada muito mais que as que se lhe opõem, veem nisso a causa dos insucessos dos que tentam deter-lhe a marcha, para que triunfassem, era-lhes necessário impedir que os espíritos se manifestassem.
Pensem numa pessoa que em um centro espírita recebe uma mensagem de um ente desencarnado, porém, duvida da comunicação achando-se vitima de mentiras ou charlatanismo, eis que a mesma pessoa em centro diferente, com outras pessoas sem ligações com o primeiro, lhes encaminham nova mensagem que vem em suma validar todas as informações da primeira mensagem, sendo assim, como poderia alguém duvidar de tais manifestações sem uma explicação lógica, que a doutrina sempre oferece.

3 - De quais maneiras os detratores tentam atingir o espiritismo, e o que ocorre devido as suas tentativas? Por que?

A tentativa maior dos detratores, era de ridicularizar a doutrina, julgando-a mero brinquedo de diversão para divertimento alheio, começou as criticas, no momento que via-se a doutrina ganhar corpo maior do que apenas mesas que giravam e aguçavam a curiosidade de todos, a doutrina sempre ascendeu entre pessoas esclarecidas, mas mesmo assim, os detratores, viam ai a oportunidade de julgar que tais pessoas utilizavam da fé alheia para se engradecer de alguma forma, a igreja acusava o espiritismo em praça publica de obra do demônio, e ate mesmo chegou a queimar diversos exemplares do livro dos espíritos diante de uma plateia que a seguia cegamente.

" apesar de tudo o que se fez para entravá-la e desnaturar-lhe o caráter, tendo em vista desacreditá-lo na opinião pública. Há mesmo a se anotar que, tudo o que se fez com esse objetivo, favoreceu-lhe a difusão; o ruído que se fez a seu propósito levou-o ao conhecimento de pessoas que dele jamais ouviram falar; quanto mais o difamaram ou ridicularizaram, mais as invectivas foram violentas, mais estimulou a curiosidade; e como não pode senão ganhar ao exame, disso resultou que os seus adversários dele se fizeram, sem o querer, os ardentes propagadores; se as diatribes não lhe trouxeram nenhum prejuízo, foi porque estudando-o em sua fonte verdadeira, o encontraram diferente do que havia sido representado."
fonte: ( http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-26.html )

quarta-feira, 23 de julho de 2014

O Que é o Espiritismo: Capitulo 1 Segundo Dialogo "Fenômenos Espiritas Simulados"

1- Como começou a desconfiança de simulações dos fenômenos mediúnicos?

Isto é privilégio de todas as coisas que apresentam a possibilidade de engendrar falsificações.
Acreditaram alguns prestidigitadores que o nome de espiritismo, por causa da sua popularidade e das controvérsias de que era objeto, podia servir a explorações, e para atrair a multidão simularam, mais ou menos grosseiramente, alguns fenômenos de mediunidade, como já tinham simulado a clarividência sonambúlica; e todos os gaiatos os aplaudiram, bradando: Eis aí o que é o Espiritismo!
Quando se mostrou em cena a engenhosa aparição dos espectros, não se proclamou que naquilo recebia o Espiritismo um golpe mortal?
Antes de pronunciar tão positiva sentença, deve-se refletir que as asserções de um escamoteador não são palavras de um evangelho, e certificar se há identidade real entre a imitação e a coisa imitada. Ninguém compra um brilhante sem primeiro estar convencido de não ser uma pedra d'água. Um estudo, mesmo pouco acurado, tê-los-ia certificado de serem completamente outras as condições em que se dão os fenômenos espíritas; eles, além disso, ficariam sabendo que os espíritas não se ocupam de fazer aparecer espectros nem de ler a buena-dicha.
"O Que é o Espiritismo, Fenômenos espíritas simulados."

A situação atual do problema mediúnico, nesta fase de acelerada transição da vida terrena, exige novos estudos e atualizadas reflexões sobre a Mediunidade. As descobertas científicas do nosso tempo, especialmente na Física, na Psicologia e na Biologia, confirmaram decisivamente a teoria espírita da Mediunidade, a ponto de interessarem os próprios cientistas soviéticos pela obra do racionalista francês Allan Kardec, segundo as informações procedentes da URSS. As teorias parapsicológicas, confirmadas pelas mais rigorosas experiências de laboratório, pareciam inicialmente contraditar os conceitos espíritas, firmados em meados do século passado e por isso mesmo suspeitos de insuficiência. Todos os fenômenos mediúnicos reduziam-se ao plano mental, a ponto de substituir-se as palavras alma e Espírito pela palavra mente. Instituía-se um mentalismo psicofisiológico que ameaçava todas as concepções espiritualistas do humano.
Durou pouco essa ameaça. Após dez anos de pesquisas repetitivas sobre os fenômenos mais simples, como clarividência e telepatia, outros fenômenos, mais complexos e profundos, impuseram-se à atenção dos cautelosos pesquisadores, que começaram a levantar, sem querer, as pontas do Véu de Ísis. Num instante a invasão das áreas universitárias da América e da Europa, com repercussões imediatas nos grandes centros culturais da Ásia, pelos fenômenos de aparições, vidência, manifestações tiptológicas e de levitação de objetos sem contato, bem como os de precognição e retrocognição, levaram o Prof. Joseph Banks Rhine, da Universidade de Duke (EUA) a proclamar com dados experimentais de inegável significação, que o pensamento não é físico, o mesmo se aplicando à mente. Rhine se expunha ao temporal de críticas e ironias, expondo a Parapsicologia à excomunhão cultural. Vassiliev, da Universidade de Leningrado, propôs-se a provar o contrário, através de uma série de experiências, mas não o conseguiu. Desencadeou-se então, no mundo, o que a Encyclopaedia Britannica chamou de psychic-boom, uma explosão psíquica mundial. Os fenômenos mediúnicos conseguiram, afinal, a cidadania científica que as Academias lhe haviam negado. Parodiando uma expressão de Kardec sobre o hipnotismo, repudiado durante anos pela Academia Francesa, podemos dizer que a Mediunidade, não podendo entrar nas Academias pela porta da frente, entrou pela porta da cozinha, ou seja, dos laboratórios.
O reconhecimento científico da realidade dos fenômenos mediúnicos afetou beneficamente o Espiritismo, mas trouxe-lhe também algumas desvantagens. Muitos espíritas se deslumbraram com o fato e julgaram-se capazes, embora sem o necessário preparo, de criticar e reformar Kardec, o vencedor, como se fosse um derrotado. Com isso pulularam as inovações teóricas e práticas no Espiritismo, aturdindo particularmente os iniciantes, que afluíram em massa às instituições doutrinárias.
O que daí por diante se publicou, em jornais, revistas, folhetos e livros, a pretexto de ensinar Espiritismo e Mediunidade, foi uma avalanche de pretensões vaidosas e absurdos desmedidos.
Por toda parte surgiram os profetas da nova era científico-espírita, além do charlatanismo
interesseiro e ganancioso dos professores contrários à doutrina, que se julgavam mais capazes de refutar Rhine do que o veterano Vassiliev. Hoje ainda perduram as confusões a respeito. Afirma-se tudo a respeito da Mediunidade: é uma manifestação dos poderes cerebrais do humano, esse computador natural que pode programar o mundo; é uma eclosão dos resíduos animais de percepção sem controle de órgãos sensoriais específicos; é uma energia ainda desconhecida do córtex cerebral, mas evidentemente física (Vassiliev); é um despertar de novas energias psicobiológicas do humano, no limiar da era cósmica; é o produto do inconsciente excitado; é uma forma ainda não estudada da sugestão hipnótica. Ninguém se lembra da explicação simples e clara de Kardec: é uma faculdade humana.
"como eu entendo a mediunidade, Jose Herculano Pires, Introdução"

2- Quais os cuidados que Kardec recomendava para não cair-se nas mãos de enganadores?

Sabe-se os Espíritos, por causa da diferença que existe em suas capacidades, estão longe de estar individualmente de posse de toda a verdade; que não é dado a todos penetrar certos mistérios; que seu saber é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens, e mesmo menos que certos homens; que há entre eles, como entre os últimos, os presunçosos e os pseudo-sábios que crêem saber aquilo que não sabem; sistemáticos que tomam as suas idéias pela verdade... árbitros da verdade. Em semelhante caso, que fazem os homens que não têm, neles mesmos, uma confiança absoluta? Apegam-se à opinião de maior número, e a opinião da maioria é seu guia. Assim deve-se ser com respeito aos ensinos dos Espíritos que disso nos forneceram, eles mesmos, os meios.
A concordância dos ensinamentos dos Espíritos é então o melhor controle; mas é preciso que ela tenha lugar em certas condições. A menos certa de todas, é quando um médium interroga, ele mesmo, a vários Espíritos sobre um ponto duvidoso; é bem evidente, que se ele está sob o império de uma obsessão, e se estiver influenciado por um Espírito enganador, esse Espírito pode lhe dizer a mesma coisa sob nomes diferentes. Não há, não mais, uma garantia suficiente na conformidade que podemos obter pelos médiuns de um só centro, porque eles podem sofrer a mesma influência. A única garantia séria está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente pela mediação de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos países. Concebe-se que não se trata aqui das comunicações relativas a interesses secundários, mas daquelas que se relacionam aos princípios mesmos da Doutrina...
O primeiro controle é, sem contradita, aquele da razão, à qual é necessário submeter, sem exceção, tudo aquilo que venha dos Espíritos; toda teoria em contradição manifesta com o bom senso, com uma lógica rigorosa, e com os dados positivos que se possui, mesmo que seja assinada por nome respeitável, deve ser rejeitada. Mas esse controle é incompleto em muitos casos, devido à insuficiência de luzes de certas pessoas e da tendência, de muitos, de manter seu próprio julgamento como árbitro único da verdade. A única garantia séria está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente pela mediação de um grande número de médiuns estranhos, uns aos outros, e em diversos países.
Tal é a base sobre a qual nós nos apoiamos quando formulamos um princípio da Doutrina; não é porque esteja de acordo com nossas ideias que o damos como verdadeiro; não nos colocamos de nenhuma maneira como árbitros superiores da verdade, e não dizemos a ninguém: Crê em tal coisa, porque o dizemos. Aos nossos olhos, nossa opinião não é mais que uma opinião pessoal, que pode ser certa ou falsa, porque não somos mais infalíveis que ninguém. Não é mais porque um princípio nos é ensinado que é para nós a verdade, mas porque recebeu a sanção da concordância.”

3- Como os críticos do espiritismo buscavam e ate hoje buscam meios de desmentir a doutrina?

Os críticos tem um pensamento único de igualar todas as manifestações sejam serias ou simplesmente levianas, como se fossem uma só coisa dentro do espiritismo, atacam a doutrina julgando ela ser apenas uma manifestação dos homens, mas se esquecem de realmente estudar a fundo o que vem de cunho espiritual, muitos dizem ler sobre o espiritismo, ou mesmo ao assistir uma sessão de cartomancia, e acreditam que vendo esses meios são capazes de ali resumir tudo que acontece em integra nas manifestações serias e estudos reais, atacam com ideias construídas sobre bases fracas, que qualquer um que estude um pouco mais, consegue ver o tamanho do erro que se utilizam os críticos para atacar a tudo, o homem simplesmente acredita naquilo que quer, e quando se põe com ideias já formadas sem se dar uma abertura para analisar melhor os fatos, mostram que não estão realmente preparados para começar a entender a doutrina que nos foi passada pelos guias espirituais.

“O erro de todos está em crerem que a fonte do Espiritismo é uma só, e que se baseia na opinião de um só homem; daí a ideia de que poderão arruiná-lo, refutando essa opinião; eles procuram na Terra uma coisa que só achariam no Espaço; essa fonte do Espiritismo não se acha num ponto, mas em toda a parte, porque não há lugar em que os Espíritos se não possam manifestar, em todos os países, nos palácios e nas choupanas”. (O que é o Espiritismo).

4- Diga exemplos de perseguições que ao invés de desmoralizar o espiritismo, ao contrario, o ajudava a divulgar, e diga o porque?

O espiritismo sempre foi atacado de diversas formas, eram livros escritos com dizeres de quem afirma ter total conhecimento sobre os assuntos, porem nunca sequer assistiram realmente a uma reunião, temos os que visitando obras artísticas, com sabidamente atores ou enganadores que se utilizam do espiritismo pra se divulgar, outros que hoje em dia usam de palavras de estudos de outros, ou ate mesmo de falsificações de grandes nomes do espiritismo, para mostrar que seus pontos de vista estão corretos e que em tudo o espiritismo é uma mentira.
Temos visto com o crescimento da internet, pessoas que buscam usar a própria doutrina espírita, para desmentir a doutrina espírita, o que a primeira leitura achamos ver uma pessoa com conhecimento do que fala, ao aprofundar a nossa visão, vemos que o mesmo critico, se perde desesperadamente tentando refutar cada argumento com algo que não tem tanto a ver, ainda mais quando sabemos que cada caso é diferente, tendo sempre que utilizarmos de pesquisa e estudo serio para uma análise dos fatos, e ainda mais quando afirmam seus pontos de vista, fazendo julgamentos, dessa maneira já provam que pouco puderam aprender com esta doutrina, que nos ensina a não julgar.

Esses ataques a doutrina, vem trazendo muitas vezes mais partidários do que inimigos, pois
podemos ver que quando algo é tão perseguido, acaba causando curiosidade, e quando a curiosidade quebra a inércia e faz a pessoa buscar conhecimento, acaba fazendo com que os mesmos críticos sejam divulgadores daquilo que queriam combater, e muitos estudiosos sérios, tendo conhecimento maior sobre a doutrina, veem seu aspecto serio e acabam por também aderir a mesma, engrossando assim o numero daqueles que vem se unindo ao espiritismo, e muitos dos próprios críticos, tendo que aprender algo sobre aquilo que criticavam, acabam enxergando erros e assumindo que muitas coisas não eram da maneira com que antes visualizavam.

" A nossa atenção é sempre chamada sobre aquilo que vemos atacado; há muita gente que quer ver os prós e os contras, e a crítica faz aparecer a verdade, mesmo aos olhos daqueles que não a procuravam aí; é assim que muitas vezes, sem querer, se faz reclamo do que se quer combater.
A questão dos Espíritos é, por outro lado, tão palpitante de interesse, choca a tal ponto a curiosidade, que basta assinalá-la à atenção, para que nasça o desejo de aprofundá-la."

(O que é o Espiritismo, primeiro dialogo, o critico, 6° Pergunta )